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CONTABILIDADE AMBIENTAL COMO DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL (PORTAL DA CONTABILIDADE DE SOROCABA)

A Contabilidade é um excelente instrumento de identificação, registro, acumulação, análise e interpretação das operações empresariais, nisto, a Contabilidade Ambiental surge com o objetivo de auferir os resultados das atividades de empresas que se relacionam com o meio ambiente e deve desencadear soluções para que estas empresas, por meio do planejamento estratégico, venham a encontrar o melhor caminho a ser seguido em termos de implantação de políticas que visam o desenvolvimento sustentável.

A partir da evolução do homem da condição de nômade para se fixar em determinado local e dali obter a sua sobrevivência, deu-se início à exploração dos recursos naturais. 

Acrescentam ainda que, no decorrer do tempo, o nascimento da Revolução Industrial na segunda metade do século XVIII, juntamente com o aumento desordenado da população mundial, foi cada vez mais impactando nas reservas de recursos naturais, de forma acentuada e crescente. 

Esses processos de degradação ambiental estiveram presentes desde o inicio da formação do Brasil. Dentre os momentos de maior destaque pode-se citar o ciclo do ouro dos séculos XVII e XVIII, que teve uma enorme importância histórica no período colonial, mas cabe lembrar que foi exatamente o problema de exaustão de reservas naturais, no caso o esgotamento das minas de ouro, que cada vez mais temos que conscientizar as empresas e a sociedade em relação ao meio ambiente para o desenvolvimento sustentado, para não acabar com as nossas reservas, ainda podemos citar vários outros exemplos de exploração e acabamentos dos recursos naturais como o Pau Brasil e outros, temos que acordar, senão será tarde. 

Chegando aos dias de hoje, o quadro é a desproporção na densidade demográfica, aumento de produção das indústrias com conseqüente aumento do consumo dos recursos naturais e geração de lixo em igual proporção. 

A natureza, em contrapartida, emite alerta através do desequilíbrio de ecossistemas, aquecimento global e escassez ou extinção em alguns casos de recursos minerais, vegetais e fauna.

Este modelo de crescimento econômico gerou enormes desequilíbrios, se, por um lado, nunca houve tanta riqueza e fartura no mundo, por outro lado, a miséria, a degradação ambiental e a poluição aumentam dia a dia.

Diante dessa constatação, surge a ideia do desenvolvimento sustentável, buscando conciliar o desenvolvimento econômico à preservação ambiental e, ainda, o fim da pobreza no mundo. 

Fortalece-se a percepção de que é imperativo desenvolver, sim, mas sempre em harmonia com as limitações ecológicas do planeta, ou seja, sem destruir o ambiente, para que as gerações futuras tenham chance de existir e viver bem, de acordo com as suas necessidades na melhoria da qualidade de vida e das condições de sobrevivência.

Diante deste contexto, viu-se a necessidade da conscientização do melhor uso do Meio Ambiente por parte da humanidade, na forma de melhores práticas de utilização dos recursos naturais, buscando outras opções para obtenção de energia, diminuição da emissão de partículas sólidas no ar, o uso racional da água e recuperação de áreas devastadas. 

Para que se obtenham resultados positivos, todos os segmentos do planeta que fazem uso dos recursos naturais devem estar envolvidos: comunidades, governos, associações e entidades empresariais, sendo estas últimas de grande peso neste processo, pois neste segmento observou-se ao longo de sua evolução o uso indiscriminado dos recursos naturais existentes, sem que houvesse preocupação na reposição e conservação dos mesmos.

A empresa que demonstrar que está avançada em termos de uso de tecnologias ambientalmente amigáveis ou em relação à utilização de processos produtivos sustentáveis poderá angariar benefícios adicionais, tais como um aumento no comprometimento dos funcionários, menos taxas e multas por danos ambientais, menores custos de produção e de disposição de resíduos, além de ter acesso a melhores oportunidades de negócios. 

Poderá inclusive explorar a vantagem competitiva de estar fornecendo bens e serviços ambientalmente adequados.

A primeira Conferência Mundial sobre o Meio Ambiente foi realizada em Estocolmo em 1972, com repercussão internacional, e foi um passo na conscientização da sociedade mundial sobre os problemas ecológicos. 

Mas não só Belgrado promoveu um encontro de países com preocupações voltadas para os problemas ambientais do planeta. Em Estocolmo, em 1988, outra reunião foi realizada, mas foi em 1992, na ECO-92, realizada na cidade do Rio de Janeiro, que se estabeleceu um compromisso maior dos países participantes com o assunto e onde os conceitos de “ambientalmente correto” e de “desenvolvimento sustentável” tomaram maior dimensão e começaram a fazer parte do dia-a-dia das sociedades civilizadas e, conseqüentemente, do cotidiano de um número maior de empresas.
Quando se fala em desenvolvimento sustentável, a responsabilidade sempre fica por conta dos governos e empresas, mas pouco se fala sobre o papel de cada cidadão, devido que a empresa produz de acordo com a demanda da necessidade especifica, nisto, o desenvolvimento sustentável faz parte de cada um, como a coleta seletiva de lixo com a separação de papel, latas e vidros; de uma escala ou revezamento para o transporte de funcionários, um simples ato de não jogar papel no chão, ou outros. 

Pode-se então presumir que o impacto pressiona a sociedade a causar mudanças em seu padrão de vida e esta, por sua vez, pressiona os agentes envolvidos.

Surge então o conceito biológico de circuito fechado com o reaproveitamento total de resíduos oriundos da fabricação de determinado bem. Para isto as organizações precisam substituir matérias primas não renováveis por materiais biodegradáveis e re-aproveitáveis. 

Tal mudança requer pesquisa e investimento em novas tecnologias e um corpo de profissionais agindo e produzindo de maneira alternativa e sustentável.

Empresas que protegem o meio ambiente são bem vistas pelo consumidor e por investidores, já havendo em alguns países, fundos especializados em investir em empresas que protegem o meio ambiente. 

Esses fundos têm crescido e apresentado rentabilidade, porque as empresas são também mais lucrativas, nisto, a sustentabilidade empresarial é inerente ás discussões a respeito da exploração econômica dos recursos naturais de forma racional e com a preocupação com a sobrevivência da humanidade.  

Há uma tendência das empresas em abrir para a comunidade uma grande quantidade de dados sobre sua política ambiental, seus programas de gerenciamento ambiental e o impacto de seu desempenho ambiental em seu desempenho econômico e financeiro.

As empresas estão inseridas em um contexto onde a adoção de políticas e diretrizes de gestão ambiental são imprescindíveis. Na condução dos negócios, a empresa pratica e é submetida a uma série de eventos de natureza ecológica que são refletidos em seu patrimônio de forma variada. 

Paralelamente, a contabilidade do meio ambiente tem crescido de importância para as empresas em geral porque a disponibilidade e/ou escassez de recursos naturais e a poluição do meio ambiente tornaram-se objeto do debate econômico, político e social em todo o mundo.

Portanto, a adoção de uma política ambiental envolve valores monetários consideráveis que merecem tratamento e análises minuciosos, nisto, estes eventos desencadeiam custos como, por exemplo, os de tratamento e acondicionamento de resíduos; receitas oriundas de investimentos estratégicos que trazem melhoria na qualidade dos produtos e conseqüente aumento na participação no mercado consumidor; ativos gerados por investimentos para evitar, reduzir ou reparar danos ambientais; e passivos provenientes de obrigações legais e contratuais por eventuais problemas ambientais.

Todas as empresas gostariam de ser admiradas pela sociedade, por seus funcionários, pelos parceiros de negócios e pelos investidores. O grande problema é estar disposto a encarar os desafios que se colocam no caminho de uma companhia realmente cidadã. 

No desafio operacional, uma empresa responsável pensa nas conseqüências que cada uma de suas ações pode causar ao meio ambiente, a seus empregados, à comunidade, ao consumidor, aos fornecedores e a seus acionistas, mas de nada adianta investir milhões em um projeto comunitário e poluir os rios próximos de suas fábricas, ou dar benefícios e oportunidades a seus funcionários e não ser transparente com seus consumidores, ou ainda preservar florestas no Brasil e comprar componentes de um fabricante chinês que explora mão-de-obra infantil.

A empresa é socialmente responsável quando vai além da obrigação de respeitar as leis, pagar impostos e observar as condições adequadas de segurança e saúde para os trabalhadores, e faz isso por acreditar que assim será uma empresa melhor e estará contribuindo para a construção de uma sociedade mais justa, com tudo temos que fazer campanhas de valorização para a existência de uma vida melhor a todos os seres, pode parecer utopia. 

No entanto, caso não sejam levadas a sério, a vida no planeta estará seriamente ameaçada. Em decorrência, não podemos mais considerar o crescimento sem benefícios sociais e sua distribuição equitativa para todas as parcelas da população, essa conscientização nos conduzirá ao desenvolvimento sustentável.



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